quinta-feira, 19 de junho de 2008

BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA. “mui amiga”

Fonte: Inforel.org


“O comportamento irresponsável desses individuos não reflete as ações das forças armadas, muito meno do Exército Brasileiro”. Essa foi a desculpa do Ministro da Defesa, Nelson Jobim. Como um jurista burocrata pode imaginar defender o braço mais podre do Estado, o braço da repressão? Como não responsabilizar o Exército pelo ato covarde que seus adestrados cometeram se é dessa forma que ele os treina?

O Exército é o culpado sim! E se o governo não parar de tentar incriminar apenas a mão que tomou a “providência” de entregar os jovens à morte, será ainda mais cumplice dessa barbárie.

As “providências” anunciadas pelo senhor ministro da Defesa, como por exemplo, a compensação financeira às famílias dos jovens jogados na jaula dos leões, não irão trazer de volta suas vidas.

Do jeito que a coisa vai, daqui a pouco vai dar saudade dos desaparecidos do Regime Militar, pelo menos a coisa não era tão escancarada, né não?!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O REI SOL DE MACEIÓ

Fonte: Extra Alagoas


A se concretizarem as articulações políticas para as eleições municipais de 2008, em Maceió, teremos nada mais, nada menos, que o resurgimento de uma das figuras mais arrogantes e autoritárias da história da humanidade. Isto mesmo, a volta de Luis XV (o Rei Sol), reformulado, com outra roupagem, com sotaque nordestino, cantador de forró e até comerciante de carro usado (mas isso é uma outra história). Pois bem, o atual prefeito de Maceió, o Luis Cícero Forrozeiro XV, quer atrair todas as siglas partidárias para seu palanque, e não fossem alguns “revolucionários” de plantão já tinha conseguido, já somam 12 agremiações “babando” por uma lasquinha do erário municipal.

E não pára por aí, o espírito de “solidariedade” do então chefe do executivo é tamanha que até pro PT, que disputará a eleição majoritária, já foi congitado que no ano que vem (com toda a certeza da vitória) terá uma vaguinha no arraiá, ou seria na “quadrilha”.

Então, caros leitores e caras leitoras, fiquem de olho nesse arrumadinho (quem não é nem de charque, nem de carne do sol) e façam valer sua cidadania, olhem o que está por trás de tanto esforço para se ter unanimidade, lembrem que toda unanimidade é burra. Então mostrem que não fazem parte desse pensamento, deixem a burrice do lado de lá. Provem que o povo é sábio e vamos dançar o baião de todos nós.

A ESTRANHA LÓGICA DO NEOSINDICALISMO

Foto: Adunimep

Nas últimas décadas, o sindicalismo brasileiro tem sofrido um grande processo de evolução e de mudanças que seriam impensáveis e inconcebíveis outrora. Essas instituições vêm crescendo significativamente por influência das altas demandas impostas por governos descomprometidos com a classe trabalhadora. Isso fez com que os sindicatos se estruturassem e ampliassem suas estruturas físicas e de mão-de-obra.

Por outro lado, as direções sindicais, por falta de conhecimento de legislação específica, têm negligenciado alguns direitos de seus próprios trabalhadores. Inúmeras são as entidades que estão atoladas em reclamações trabalhistas e débitos com encargos sociais.

Na contra-mão de reivindicações históricas como a redução da carga horária sem redução de salários, a saúde no ambiente de trabalho, a valorização profissional, a ampliação do poder de compra, entre outras, eles (os neosindicalistas) têm promovido uma verdadeira política de arrocho debaixo do seu próprio teto. Se apurarmos superficialmente, observaremos a terceirização de algumas funções, o controle eletrônico de ponto* (atualmente em moda no ambiente sindical), o corte de salário em faltas, que na maioria das vezes são justificáveis, entre vários outros pontos.

Tais ataques a seus próprios funcionários são inaceitáveis para suas próprias categorias, que até mesmo em greve rechaçam anotação de faltas e corte de salários!
Na verdade, da mesma forma que os neosindicalistas profissionalizam seus dirigentes e terceirizam seus pensamentos aos doutores das universidades, deveriam se aperfeiçoar em administrar suas “empresas”, propiciando assim um melhor ambiente de trabalho aos seus “empregados”.

*Relógio de ponto

Desde décadas, sobretudo após a revolução industrial, passou-se a utilizar em vários locais de trabalho – empresas e industrias - e ultimamente também nos sindicatos, o polêmico relógio de ponto, para registrar saídas, entradas, horas extras e horas bestas e enfim, reduzir um dia de trabalho a números, mesquinhos números.

Regra geral, o relógio de ponto torna-se estressante, um limitador do processo criativo e sufocador das relações de trabalho. O que não pode acontecer, em hipótese alguma, é o chefe transferir a culpa do seu comportamento ditatorial a um instrumento eletrônico, tornando o chefe implacável e o dono do tempo. Sendo assim, tal apetrecho torna-se só, e somente só, um desprezível “dedo-duro”.

Em grandes e modernas empresas multinacionais e nacionais, instituições dinâmicas, inovadoras e arrojadas, líderes nos mais diversos mercados, os colaboradores (empregados na nossa realidade) têm uma grande flexibilidade de horários e são avaliados pela produtividade, pelo potencial de criação e pelo desempenho, não pelo tempo que ficam com a “bunda na cadeira”. Nessa condição, não são escravos do tempo, têm-no como aliado.

Em pleno século XXI, adotar o tempo como um processo meramente quantitativo é, no mínimo, um retrocesso. Já passou da hora de primar pela qualidade e intensidade das coisas e não pela medida delas.